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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Livros e Leitura entre professores e alunos


Em meio as minhas buscas sobre leitura encontrei esse texto de Regina Zilberman, que nos revela como despertar o gosto pela leitura. E eu acrescento só consegue apaixonar quem é apaixonado, só se conquista  leitores, quem já foi conquistado!!!
Boa Leitura!!!
Andréia Cristyane
As pessoas aprendem a ler antes de serem alfabetizadas. Desde pequenos, somos conduzidos a entender um mundo que se transmite por meio de letras e imagens. Mesmo as crianças que residem longe dos grandes centros urbanos, ou não dispondo, pois, de livros e impressos,conhecem o significado de certas siglas e sabem identificar as figuras e os nomes de personagens, divulgados por meio da propaganda audiovisual,datelevisão,da histórias ouvidas e reproduzidas. A literatura infantil pode ajudar o professor a alcançar um resultado melhor, colaborando para o sucesso de seu trabalho. Os livros para crianças despertam o gosto pela leitura, não tem propósito pedagógico e ainda divertem.
A primeira medida a ser tomada pelo professor é certamente,colocar os livros ao alcance dos alunos em sala de aula. A proximidade entre o leitor e o texto, na forma de livro, motiva o interesse e induz a leitura, mesmo no caso de pessoas que ainda não foram alfabetizadas. Por isso, publicações destinadas a elas apresentam muitas ilustrações,pois a imagem captura a atenção do leitor e, por estar acoplada à escrita,suscita o interesse por seu entendimento.
Várias publicações de autores brasileiros,destindas ao leitor aprendiz,podem colaborar com o professor,como é o caso da Coleção Gato e Rato,de Mary e Eliardo França,dirigida a crianças em período de alfabetização porque as narrativas são divertidas,conduzindo a atenção do leitor até o final.
Para tomar a segunda medida o professor precisa ficar atento à destreza e interesse de leitura por parte dos alunos. Ele será compreensivo com o estudante que apresenta dificuldades para acompanhar o texto, apoiando-o com a indicação de produtos ao mesmo tempo bons e fáceis de entender. Se as coisas fossem mães,de Sylvia Orthof, é uma dessas obras que estimula a imaginação da criança, e também sua inteligência, sem apresentar dificuldades de interpretação.
A fada que tinha ideias, Fernanda Lopes de Almeida, cria a personagem Clara Luz, que, insatisfeita com o papel convencional usualmente atribuído a seres como ela,permanentemente inventa novidades. No começo da história, a pequena fada é advertida pelos adultos,que julgam inadequado seu comportamento; na sequência, porém, ela demostra que suas atitudes são válidas para si mesma e para todo o grupo,vindo a representar a vontade de as crianças serem respeitadas pelos mais velhos.
Nos contos tradicionais,a fada é a personagem boa,enquanto a bruxa é má, prejudicando os demais. A bruxinha atrapalhada, desmente este padrão,pois a protagonista das histórias curtas de Eva Furnari suscita a simpatia do leitor, que experimenta com ela as dificuldades de afirmação no mundo adulto. Por sua vez, em O fantástico mistério da Feiurinha,Pedro Bandeira contraria outro estereótipo do conto de fadas clássico: o da jovem que,por ser bela seduz o príncipe encantado.No livro, a personagem principal é a menina feia, de quem depende o mundo das fadas para não desaparecer, levando com ele o imaginário representado pela infância.
Coisas de menino, de Eliane Ganem, e Os meninos da rua da praia, de Sérgio Capparelli, expõem as diferenças entre ricos e pobres, enquanto Nó na garganta , de Mirna Pinsky, afirma que a cor da pele não é justificada para valorizar ou diminuir as pessoas. A droga da obediência, de Pedro Bandeira, e A casa da madrinha, de Lygia Bojunga Nunes, por sua vez, mostram ser preciso lutar pela liberdade, quando os poderosos procuram sufocar o crescimento intelectual dos indivíduos. Professores e alunos não ficarão indiferentes à proposta de livros como os enumerados antes. Aprenderão juntos que a literatura,, dirigida ou não para as crianças, lhes proporciona grande variedade e sabedoria, aprofundando as relações humanas na escola e sua participação na sociedade.

Texto retirado da matéria da Revista LeituraS, por Regina Zilberman professora da Teoria de Literatura e Literatura Brasileira da PUC do Rio Grande do Sul.



Um comentário:

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