Durante a Semana Pedagógica 2013,
Parnamirim recebeu o escritor e conferencista
Hamilton Werneck.
Compartilho com vocês a opinião do mesmo sobre a leitura.
"Não temos o costume de ler. Temos facilidade em ‘tirar leite’ dos
jornais nas bancas. Lemos bilhetes e pedaços de texto aqui e acolá. Tal
fato decorre de série de situações. Uma delas é o fato de o brasileiro
ter saído do analfabetismo e ter chegado à televisão sem entrar nas
bibliotecas. Entre os países do Cone Sul, o Brasil é o que apresenta
estatística perversa em relação à leitura: maior percentual de
analfabetos, maior preço médio para os livros e menor relação entre
livrarias por cem mil habitantes. Não atingimos 2.500 em todo o Brasil.
O mais grave em tudo isso e que precisa ser questionado pelas autoridades educacionais é que nós não formamos leitores, embora haja muitas crianças nas escolas. Qual é o erro? Exigir a leitura de autores clássicos muito distantes da realidade das crianças e que foram escritos há mais de cem anos! A criança acaba detestando a leitura e, quando sai da escola, não lê mais nada.
Solução seria adotar a estratégia de muitos países que trabalham os clássicos da literatura moderna, distantes apenas uns 50 anos. E se tal medida necessitar de mudança de foco nos exames para as universidades, que seja feita em nome da formação de mais leitores.
Ainda há escolas que destroçam a leitura. Indicar um livro e marcar a famosa ‘prova do livro’ é assassinar dentro da mente e do coração dos alunos o gosto de ler.
Pior ainda quando se organiza uma questão de completa imbecilidade: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. Fernando Pessoa. Surge, então, a pergunta: “Lendo o pensamento acima e o nome do autor, assinale o dígrafo”! Mataram o texto de incomparável beleza!
Para formar leitores que possam mudar os dados caóticos que ainda apresentamos, é necessário fazer com que os estudantes gostem de ler. Como consequência, eles lerão, no futuro, os clássicos de nossa literatura."
Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/hamilton-werneck-por-que-n%C3%A3o-temos-leitores-1.537304
O mais grave em tudo isso e que precisa ser questionado pelas autoridades educacionais é que nós não formamos leitores, embora haja muitas crianças nas escolas. Qual é o erro? Exigir a leitura de autores clássicos muito distantes da realidade das crianças e que foram escritos há mais de cem anos! A criança acaba detestando a leitura e, quando sai da escola, não lê mais nada.
Solução seria adotar a estratégia de muitos países que trabalham os clássicos da literatura moderna, distantes apenas uns 50 anos. E se tal medida necessitar de mudança de foco nos exames para as universidades, que seja feita em nome da formação de mais leitores.
Ainda há escolas que destroçam a leitura. Indicar um livro e marcar a famosa ‘prova do livro’ é assassinar dentro da mente e do coração dos alunos o gosto de ler.
Pior ainda quando se organiza uma questão de completa imbecilidade: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena”. Fernando Pessoa. Surge, então, a pergunta: “Lendo o pensamento acima e o nome do autor, assinale o dígrafo”! Mataram o texto de incomparável beleza!
Para formar leitores que possam mudar os dados caóticos que ainda apresentamos, é necessário fazer com que os estudantes gostem de ler. Como consequência, eles lerão, no futuro, os clássicos de nossa literatura."
Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/hamilton-werneck-por-que-n%C3%A3o-temos-leitores-1.537304
http://riodeleitura.blogspot.com.br/
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