Literatura infantil escrita por autor mirim tem um sabor especial de ingenuidade e fantasia, ingredientes que fazem de minha "Minha Bolsa Mágica", ficção de Monalisa Silvério, uma leitura surpreendente pela forma madura de abordar uma temática não muito simples para crianças de 10, 11 anos de idade. Originalmente editada em 2006, quando Monalisa tinha apenas 10 anos, a obra infanto-juvenil será relançada oficialmente nesta quinta-feira no Colégio CEI da Romualdo Galvão, juntamente média-metragem homônimo e CD com a trilha sonora do filme. Mas é a produção audiovisual de 20 minutos, gravada na Vila de Ponta Negra, o carro chefe do combo livro-CD-e-filme (à venda nas principais livrarias de Natal por R$ 50).
As sessões programadas para hoje (às 10h, 16h e 19h30) são exclusivas para alunos e convidados da escola, mas no próximo dia 30 de novembro o lançamento na Assembleia Legislativa (17h) será aberto ao público - uma nova exibição do filme também está agendada para o dia 9 de dezembro (19h), no Teatro de Cultura Popular (TCP/FJA), dentro da Mostra do Curta Nordestino que integra a programação do Festival de Cinema de Natal.
"Quando escrevi era bem criança, e o pouco de conhecimento de mundo que transformei em fantasia", disse Monalisa Silvério, 16. Além de "Minha Bolsa Mágica", seu segundo livro, ela já escreveu outros sete - destes, quatro ainda inéditos. A menina começou sua produção literária aos nove anos, com o romance "Meu cavalo Coragem"; e foi premiada aos 11 na Bienal do Livro de Natal em 2007 com o conto "Deu a doida nos contos de fada".
Para divulgar o lançamento do média-metragem, dirigido e roterizado por Rui Lopes e rodado em película (35mm) com recursos captados através da lei municipal de incentivo Djalma Maranhão, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE recebeu o kit completo e constatou uma diferença gritante entre o livro e a adaptação audiovisual: o resultado final do filme deixa brechas que não existem na versão impressa.
Estrelada pelos atores mirins Poema Mascena (Beta), Camila Frade (Dina) e Gabriel Cortez (Roberto), "Minha Bolsa Mágica" conta a história de uma família esfacelada pela separação dos pais das três crianças. Morando com a mãe, o trio enfrenta a falta de dinheiro e busca soluções para lidar com os sentimentos gerados a partir da relação conflituosa com o pai.
Beta, a mais resistente para aceitar a reaproximação do pai, acaba topando com um homem misterioso que carrega uma bolsa mágica capaz de reverter as dificuldades. No livro, a informação está completa e a trama se desenrola de maneira entendível até o desfecho; já o filme transparece a ausência de todo o recheio da história, e a impressão que se tem é que filmaram apenas o início e o fim da ficção assinada por Monalisa Silvério.
Sobre a produção audiovisual, orçada em R$ 150 mil (R$ 77 mil financiados pela lei de incentivo), Marcos Cassiano, pai da autora e responsável pela execução do projeto, comentou que o roteiro foi seguido à risca pelo diretor. "Nosso maior problema foi a falta de verba para finalizar o filme: o orçamento não incluiu a revelação da película 35mm e tivemos que buscar mais R$ 26 mil para concluir". Nesse intervalo é que a produção deve ter desandado: primeiro pela quebra no roteiro, em segundo lugar pela inexperiência da equipe potiguar em lidar, logo na primeira experiência audiovisual, com película 35mm - uma mídia cara e sem margem para grandes falhas, como a refilmagem de cenas por exemplo, coisa que um equipamento digital tira de letra.
Mas, ao contrário do que o quadro pintado acima poderia suscitar, tecnicamente o filme está perfeito: "o que salvou o filme foi o diretor de fotografia João Carlos Beltrão", admite Cassiano. Beltrão trabalhou ao lado de Jota Marciano (responsável pela captação do som direto) e do diretor musical Armandinho P. Souza.
O equipamento utilizado (uma câmera francesa de R$ 1,5 milhão) foi 'emprestado' pelo Ministério da Cultural/Nordeste mediante pagamento de seguro, e a escolha da Vila de Ponta Negra como locação foi devido o contraste social e a beleza natural do lugar retratado no livro de Monalisa.
"Quando escrevi era bem criança, e o pouco de conhecimento de mundo que transformei em fantasia", disse Monalisa Silvério, 16. Além de "Minha Bolsa Mágica", seu segundo livro, ela já escreveu outros sete - destes, quatro ainda inéditos. A menina começou sua produção literária aos nove anos, com o romance "Meu cavalo Coragem"; e foi premiada aos 11 na Bienal do Livro de Natal em 2007 com o conto "Deu a doida nos contos de fada".
Para divulgar o lançamento do média-metragem, dirigido e roterizado por Rui Lopes e rodado em película (35mm) com recursos captados através da lei municipal de incentivo Djalma Maranhão, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE recebeu o kit completo e constatou uma diferença gritante entre o livro e a adaptação audiovisual: o resultado final do filme deixa brechas que não existem na versão impressa.
Estrelada pelos atores mirins Poema Mascena (Beta), Camila Frade (Dina) e Gabriel Cortez (Roberto), "Minha Bolsa Mágica" conta a história de uma família esfacelada pela separação dos pais das três crianças. Morando com a mãe, o trio enfrenta a falta de dinheiro e busca soluções para lidar com os sentimentos gerados a partir da relação conflituosa com o pai.
Beta, a mais resistente para aceitar a reaproximação do pai, acaba topando com um homem misterioso que carrega uma bolsa mágica capaz de reverter as dificuldades. No livro, a informação está completa e a trama se desenrola de maneira entendível até o desfecho; já o filme transparece a ausência de todo o recheio da história, e a impressão que se tem é que filmaram apenas o início e o fim da ficção assinada por Monalisa Silvério.
Sobre a produção audiovisual, orçada em R$ 150 mil (R$ 77 mil financiados pela lei de incentivo), Marcos Cassiano, pai da autora e responsável pela execução do projeto, comentou que o roteiro foi seguido à risca pelo diretor. "Nosso maior problema foi a falta de verba para finalizar o filme: o orçamento não incluiu a revelação da película 35mm e tivemos que buscar mais R$ 26 mil para concluir". Nesse intervalo é que a produção deve ter desandado: primeiro pela quebra no roteiro, em segundo lugar pela inexperiência da equipe potiguar em lidar, logo na primeira experiência audiovisual, com película 35mm - uma mídia cara e sem margem para grandes falhas, como a refilmagem de cenas por exemplo, coisa que um equipamento digital tira de letra.
Mas, ao contrário do que o quadro pintado acima poderia suscitar, tecnicamente o filme está perfeito: "o que salvou o filme foi o diretor de fotografia João Carlos Beltrão", admite Cassiano. Beltrão trabalhou ao lado de Jota Marciano (responsável pela captação do som direto) e do diretor musical Armandinho P. Souza.
O equipamento utilizado (uma câmera francesa de R$ 1,5 milhão) foi 'emprestado' pelo Ministério da Cultural/Nordeste mediante pagamento de seguro, e a escolha da Vila de Ponta Negra como locação foi devido o contraste social e a beleza natural do lugar retratado no livro de Monalisa.
FONTE:http://tribunadonorte.com.br/noticia/a-jornada-infantil-de-uma-bolsa-magica/202958
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